domingo, 17 de julho de 2011

Balançando...

E no balanço a menina vai e volta, sobe, desce, sobe novamente...
Em frente, um mundo, atrás, um muro.
O azul chega perto, depois se distancia e se aproxima o verde. 
Aonde ela vai?
Mais um impulso... Primeiro avista ele. E depois... o outro.
Dois caminhos, duas vidas bem distintas.
Não sabe o que fazer, ainda não é hora de descer.
Olha para cima. O sol e o vento nada dizem a menina.
E nesse balançar ela só queria ir para o outro lado da rua.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Maria-flor do caminhão



Manhã de domingo, pacata como sempre. Maria sentada na calçada, conversando futilidades, aquelas que não deram para serem ditas nos intervalos dos dias.
De repente silêncio, pela falta do que mais dizer ou pela monotonia do dia e da vida, Maria cala e sente o nada ao redor.
É sempre assim a vida, como uma manhã de domingo, lenta, morna e insalubre, pronta para você botar de molho suas mágoas e mancadas. Ela ferve, mas você não consegue desligar e tudo explode na segunda-feira.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

É uma pedra ou uma esponja?

Acordo de madrugada indisposta e não consigo voltar a dormir. Mas agora que acordei forçadamente, o que farei?
Assistir filme, desenho, show, enfim, a conexão entre imagem som movimento?
Ou quem sabe olhar álbuns de fotografias, daquelas que você tinha que torcer para a foto sair boa. E junto com eles ler agendas antigas, recados de amigos que tantas outras vezes colaboraram com as minhas noites de sono. Ver ler, acompanhar a precisão da escrita, a força nas letras, as palavras de carinho.
Falar com alguém? Não no MSN, pelo avançado estado da hora talvez ninguém estivesse lá. Mas esta não é a melhor desculpa. Eu queria ouvir a voz. Imaginar a surpresa do celular tocar e depois ouvir um “Paty?”

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A dor do amor e sua procura por alguém que esteja pronto para recebê-lo de braços abertos

Eu botei o dedo na garganta e tudo, e meu coração estava doendo. Não sei se era a dor da desilusão ou se estava quase infartando...
O que a dor de amor não faz com uma pessoa...
É sério, nunca me vi assim.
É o amor deixando sua vida de vez, mas ele está lutando para não ir. Mas você mandou a cavalaria, em forma de comprimido, para expulsá-lo de vez do castelo do seu coração.
O amor saiu acorrentado em cima de um cavalo enraivecido, que partiu para terras escuras e perigosas dorido, a procura de alguém que esteja disposto a aceitá-lo em sua vida.
E nessa viagem ele pede e roga aos céus que não sofra tanto quanto sofreu no passado, pois ele só quer um cantinho onde possa ser cultivado e transmitido para o seu amado, com carinho, ternura e lealdade.
E que deste pequenino pé possa nascer frutos, cujas as sementes se espalharão e contaminarão, positivamente, as pessoas ao seu redor.