sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Noiteando


É na calada da noite que as gotas caem dos olhos, fazendo o percurso pela face em direção a lugar nenhum. Carregando consigo as mágoas de outrora, sejam de minutos anteriores ou de anos corridos...
Caminho muitas vezes solitário, longe de outros pares de olhos e ouvidos apurados.
Palavras substituídas por soluço e respiração inconstantes.
Desabafo incômodo à platéia não-convidada.
Nem tudo fica preso no calabouço d’alma!

2 comentários:

  1. Paty,
    No fundo a calada da noite trás um sentido particular, pois revela o que se esconde no íntimo. Desabafo é sempre necessário até na frente de um espelho...é a prova cabal que não ficou no calabouço d'alma...

    Ciberbjos.

    ResponderExcluir
  2. Olá Josi!
    Obrigada pelo comentário. É certo que não guardamos tudo no nosso interior. Até as rochas, aparentemente sólidas, escapam elementos de seu interior e racham com o bater das águas...
    Bjuss

    ResponderExcluir